sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quase que eu me estrepo.

Eu dirigia o meu carro tranquilamente pelo interior do Paraná, a caminho de Londrina. De repente, uns 200 metros a minha frente, um homem de bicicleta que seguia pelo acostamento balançou e despencou numa ribanceira.
Levei o maior susto. Acelerei o carro e me aproximei do local pra ver o que tinha acontecido. Parei, sinalizei a estrada, e fui dar uma espiada. Só consegui enxergar a bicicleta e o homem caído ao lado dela. Fiquei com medo de descer lá sozinho. Nesse meio tempo, eu liguei para a Polícia Rodoviária, que atendeu prontamente o meu chamado e informou que uma viatura já estava a caminho.
Quando os policiais chegaram, imediatamente perguntaram o que tinha acontecido e eu dei a minha versão. Pra minha surpresa, o policial olhou pra mim e disse: "não saia daqui, o senhor é suspeito de atropelamento". E em seguida ele disse: "o seu veículo está apreendido".
Pensei comigo: "a casa caiu".
Enquanto um dos policiais descia o barranco para socorrer o homem, o segundo policial começou a circular o meu carro e a passar a mão na lataria tentando achar algum amassado. Ele não precisou ir muito longe. Numa das portas - e bem do lado da estrada onde o homem tinha caído - tinha um amassado que eu já carregava há uns dois anos. Quando o policial viu aquele amassado, ele veio pra cima de mim ainda mais furioso. Tentei me explicar, mais foi em vão. Eu fui me desesperando com a situação. Era o cúmulo do azar, mas a casa realmente estava caindo. Mas eu era inocente, eu juro!!!
Em seguida, desci o barranco com os policiais pra tentar socorrer o homem caído. Quando chegamos lá embaixo e começamos a mexer no homem, ele acordou falando meio enrolado. Estava visivelmente bêbado. Eu comecei a gritar pro homem: "conte pros policiais o que te aconteceu, conte!!!"
Apesar do estado em que se encontrava, ele conseguiu dizer aos policiais que tinha exagerado na bebida, que mal se equilibrava na bicicleta e que tinha despencado sozinho naquela ribanceira. Ele conseguiu deixar bem claro que eu não tive qualquer participação no incidente.
Minha reação inicial foi querer bater no bêbado, mas os policiais me seguraram. Depois, mais calmo e aliviado, ajudei os policiais a tirarem o homem e a bicicleta daquele buraco.
Quando eu já me despedia dos policiais em direção ao meu carro, o bêbado gritou: "ô moço, dá uma carona pra mim e pra bicicleta até a minha casa?" Não hesitei: mandei o bêbado pra #@*&%$, enquanto os policiais rachavam o bico de dar risada.

2 comentários:

  1. uma história e tanto, heim!
    Rindo até agora do infeliz fato... quem sabe a vida não está ensinando a gente com essas situações?
    O pior de tudo foi o carinha ainda querer carona... ai, ai!
    Abraço Raogério! Feliz Páscoa pra você!

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  2. hahahahahaha morri com ele pedindo carona!

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