terça-feira, 19 de outubro de 2010
Sempre feliz??? Pera aí...
Você conhece alguém que está sempre feliz? Ou alguém que "diz" que está sempre feliz? Se você conhece alguém assim, tente ficar longe dessa pessoa: ela é doente. Muito doente.
E se a ênfase for na "ausência da tristeza" e não na felicidade, a situação é ainda pior. Pois os psicopatas é que não possuem a capacidade de sentir a tristeza, e geralmente tentam produzir tristeza e terror em outras pessoas.
Você conhece algum lugar onde o sol sempre brilha? Ou algum lugar onde a noite é constante?
Ser "sempre feliz" é anti-natural, é anti-humano. O ser humano não foi criado pra ser sempre feliz. E é justamente nos momentos de dificuldades - e também de tristeza - que o homem mais cresce, mais se desenvolve e se fortalece.
Outro dia eu li um trecho de uma entrevista e fiquei abismado. A pessoa entrevistada fazia questão de frisar o tempo todo o quanto ela era "sempre feliz", e que "nunca" se deprimia. Sabe aquelas atrizes de novela que nunca vão ao banheiro fazer cocô pra não interromper a "felicidade" que estão sentindo? Quem será que ela queria convencer? Pra quem será que ela precisava dizer isso com tanta ênfase? Eu acredito que, em primeiro lugar, pra ela mesma.
Eu já tentei resumir a minha opinião pessoal sobre felicidade. E, cada vez mais, eu acho que a felicidade não é um "pacote pronto", mas sim momentos e experiências felizes. E o mais interessante - e que pode parecer contraditório - é que momentos difíceis também podem ser momentos felizes pelo crescimento proporcionado. Claro que, apenas posteriormente, esse momento difícil vai ser visto como um momento feliz, um momento de crescimento.
De qualquer forma, está "na moda" ser "sempre feliz". É legal, é bonito, é moderno, é politicamente corrreto. Mas será que é saudável? Será que é honesto?
Se você conhece alguém "sempre feliz", preste atenção: ninguém consegue fingir por muito tempo. Uma hora a máscara cai. E o mais dolorido é descobrir que está enganando a si mesmo.
"A felicidade não é o que acontece na nossa vida, mas como nós elaboramos esses acontecimentos. A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar suas dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas." Roberto Shinyashiki
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Eu quero ter um pé de jabuticaba.
Desde pequeno, eu sempre sonhei em ter um pé de jabuticaba. É uma de minhas frutas favoritas. Claro que, pra ter o pé de jabuticaba, eu também teria que ter um terreno, ou talvez uma chácara, onde esse pé de jabuticaba estivesse plantado. Esse terreno não poderia ser muito pequeno. Assim, também seria possível ter um pé de lichia, um pé de goiaba vermelha, um pé de tangerina e um pé de limão galêgo. Pois é, não sei se caberia tudo isso num terreno porque ainda teria que sobrar espaço pra uma horta e uma "meia-água" com uma churrasqueira. Acho que também sobraria um espacinho pra umas galinhas e umas codornas.
Eu sempre gostei de terra e de animais. Eu morei em casa durante os primeiros dois terços da minha vida, mas o quintal era pequeno e não sobrava muito espaço pra uma horta e uns bichinhos. Agora eu tenho filhos e eles parecem ter gostos parecidos com os meus em relação à terra, às plantas e aos animais. E, por isso, talvez hoje eu queira ainda mais realizar esse sonho: ter um pedacinho de terra.
Ah... já estava me esquecendo: meu filho também quer um pé de carambola. Confesso que não vejo muita graça nessa fruta, a não ser quando cortada em forma de "estrela" pra enfeitar a salada. Mas se eu posso ter um pé de jabuticaba, porque ele não pode ter um pé de carambola? Que assim seja.
O mais legal é que eles abraçaram tanto a idéia que até já colocaram nome nesse futuro pedaço de terra. Minha filha disse inicialmente que vai se chamar "oásis". Ela disse isso já faz alguns anos. Ela aprendeu sobre o oásis na escola e me explicou que, assim como um oásis é um refúgio com vida no meio do deserto, esse pedaço de terra vai ser uma espécie de refúgio no meio do tumulto da cidade. Ela tem uma certa consciência ambiental. Mas também tem muita consciência de como é possível viver bem, mesmo que de forma simples, perto da natureza e dos animais. Eu gosto disso.
Depois disso tudo, simplesmente não tenho como não me desdobrar pra conquistar esse "oásis". Junto com o meu pé de jabuticaba.
Eu sempre gostei de terra e de animais. Eu morei em casa durante os primeiros dois terços da minha vida, mas o quintal era pequeno e não sobrava muito espaço pra uma horta e uns bichinhos. Agora eu tenho filhos e eles parecem ter gostos parecidos com os meus em relação à terra, às plantas e aos animais. E, por isso, talvez hoje eu queira ainda mais realizar esse sonho: ter um pedacinho de terra.
Ah... já estava me esquecendo: meu filho também quer um pé de carambola. Confesso que não vejo muita graça nessa fruta, a não ser quando cortada em forma de "estrela" pra enfeitar a salada. Mas se eu posso ter um pé de jabuticaba, porque ele não pode ter um pé de carambola? Que assim seja.
O mais legal é que eles abraçaram tanto a idéia que até já colocaram nome nesse futuro pedaço de terra. Minha filha disse inicialmente que vai se chamar "oásis". Ela disse isso já faz alguns anos. Ela aprendeu sobre o oásis na escola e me explicou que, assim como um oásis é um refúgio com vida no meio do deserto, esse pedaço de terra vai ser uma espécie de refúgio no meio do tumulto da cidade. Ela tem uma certa consciência ambiental. Mas também tem muita consciência de como é possível viver bem, mesmo que de forma simples, perto da natureza e dos animais. Eu gosto disso.
Depois disso tudo, simplesmente não tenho como não me desdobrar pra conquistar esse "oásis". Junto com o meu pé de jabuticaba.
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