quarta-feira, 7 de abril de 2010
Alternativas para o trânsito de Londrina
O trânsito em Londrina está cada mais complicado, especialmente em alguns horários de pico, como entre 11h30min e 14h00 e entre 17h30min e 19h30min. Nesse primeiro horário, alguns trechos do centro da cidade ficam caóticos. As ruas do centro de Londrina são as mesmas de mais de 20 anos atrás, mas a frota de veículos quintuplicou no mesmo período. E não há muito o que se fazer na ruas propriamente ditas. Não há espaço para alargamento ou duplicação. Assim, o poder público e a sociedade terão que buscar outras alternativas para resolver esse problema.
Algumas medidas podem ser tomadas para amenizar a situação. Basta vontade política. Mas, dessa vez, parte da sociedade vai ter que colaborar de forma mais intensa. Eis minha sugestão: Em grandes cidades de países ditos de primeiro mundo, há leis ou regulamentos que autorizam qualquer tipo de carga e descarga ou trânsito de veículos utilitários apenas entre as 22h00 e as 6h00. Fora desse período, é expressamente proibido o trânsito de qualquer tipo de utilitário ou a realização de carga e descarga nos estabelecimentos comerciais. E o cumprimento da lei é fiscalizado de forma eficiente. Para Londrina, a única exceção seria para caminhões de mudança. Essa medida não resolveria todos os problemas, mas amenizaria bastante e seria um grande começo.
Não adianta dizer que Londrina já possui espaços para a realização de carga e descarga. São insuficientes e raramente respeitados pelo caminhões de carga. E não há fiscalização eficiente ou suficiente. Na hora do aperto, o caminhão para onde quer, faz o que tem que fazer e vai embora. E, toda vez que um caminhão para num lugar proibido ou inadequado, o transtorno começa. Ali se inicia mais um engarrafamento. Um dos melhores exemplos na cidade desse caos pode ser observado diariamente na Rua Goiás, após a esquina com a Pernambuco, na entrada de serviço do supermercado ali existente. A mesma situação ocorre nas esquinas das Ruas Santos com Pio XII. E isso acontece ali umas 30 vezes no dia. E, mesmo quando os caminhões conseguem entrar no pátio do mercado para descarregar, aqueles poucos minutos de manobra que param o trânsito na Goiás já são suficientes para engarrafar o trânsito da Goiás, que reflete na João Candido, na Pará e na Pernambuco e, assim, sucessivamente.
Obviamente que, se o poder público tomasse uma medida como essa, algumas associações e sindicatos cairiam de pau na proposta, alegando aumento nos custos. Mas é nessas ciscunstâncias que a sociedade tem que dar a sua parcela de contribuição. As empresas londrinenses teriam sim que criar mais um turno de trabalho, na madrugada, com um grupo de funcionários encarregados apenas de receber as mercadorias. Inclusive, muitos novos empregos seriam gerados.
Muitos empresários fazem riqueza na cidade e só exigem, só esperam do poder público. Mas, no dia-a-dia, atrapalham o trânsito e não querem colocar a mão no bolso para melhorar a situação. E o poder público é omisso e conivente.
Contribuição social não é apenas o empresário distribuir um punhado de cestas básicas ou enviar um pouco de comida a alguma instituição de caridade da cidade. Isso é demagogia. Contribuir socialmente é muito mais do que isso; é se adequar às necessidades da sociedade ou da comunidade onde a empresa está estabelecida. E as formas de se contribuir são infinitas. Não se contribui apenas com esmola.
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